Batizado como Severino Xavier de Sousa, porém, conhecido por Biliu de Campina, o forrozeiro raiz voltou ao palco do Maior São João do Mundo, em Campina Grande, com um novo título, o de homenageado. Biliu realizou, nesta quinta-feira (1º), a abertura dos 40 anos da festa e já deixou acertado que em 2024 estará de volta ao Parque do Povo.
Filho da Rainha da Borborema, como não poderia deixar de ser, é formado em Direito pela Universidade Estadual da Paraíba, mas deixou de lado as leis para cantar o bom e velho forró raiz. O artista diz que deixou o fórum para reviver em suas composições nomes como o de Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga, além de enaltecer a história do forró. “Na forma mais expressiva, o que é preciso é curtir o forró mesmo […] tomando pé da nossa história, que é uma história maravilhosa. O coração fica pequeno e quando o coração fica pequeno é porque o São João aperta dentro da gente”, pontuou Biliu ao falar sobre a significância e pertencimento da festa junina para o nordestino.
O campinense volta aos palcos depois de um momento delicado no quadro de saúde, onde precisou ser internado após uma sessão de hemodiálise. “É questão de velha idade, todo mundo que tem idade sempre passa por isso. A expectativa do público para me ver sair é que é bom, porque só mostra que alguém gosta da história do forró mesmo e do velho Biliu”, disse o cantor em tom de descontração. A edição de 40 anos teve a aprovação do mestre: “Se já vi melhor, não me lembro”.
“O maior carrego de Campina”, como se autointitula, nasceu em uma terça-feira de carnaval, em 1949. Iniciou sua carreira como compositor no ano de 1978, com o suingue característico dos seguidores de Jackson, além do duplo sentido nas letras, Biliu já lançou três discos independentes: Tributo a Jackson e Rosil; Forró O Ano Inteiro e Matéria Paga. A carreira do artista também é marcada por dois CDs independentes: Do Jeito Que O Diabo Gosta e Forrobodologia, seguindo sempre com a essência dos forrós tradicionais.
Repórter: Felipe Bezerra
Editora: Alberta Figueirêdo
*Repórter Junino/UEPB