Passou o São João, uma das festas mais tradicionais do Brasil, sobretudo na região Nordeste de nosso país. Nesse dia 24 de junho, comemoramos novamente essa celebração marcada por comidas típicas feitas a partir do milho, música, dança, brincadeiras e fogos de artifício. Mas qual é a história por trás desse evento tão marcante para o povo brasileiro, especialmente o nordestino?
A festa é uma homenagem a São João Batista, considerado o padroeiro dos festejos juninos, e sua origem remonta às celebrações pagãs que eram realizadas no solstício de verão, quando os dias começam a ficar mais curtos e as noites mais longas. Com a chegada do cristianismo, foi incorporada ao calendário religioso e passou a ser celebrada em honra a São João Batista. E, consigo, traz e mantém variadas peculiaridades.
Uma das características mais marcantes dos festejos juninos é a comida típica. Entre os pratos mais populares na região Nordeste, por exemplo, estão o milho cozido, a canjica, o pé-de-moleque, o bolo de fubá e o quentão. Ainda, há a pipoca, cocada, maçã do amor, o bolo de fubá, quentão, arroz doce, pinhão e a pamonha.
Além disso, as festas são marcadas por apresentações de quadrilhas juninas, que são os grupos de dança que se apresentam vestindo trajes típicos e realizando coreografias ao som de músicas juninas, na tradição de Luiz Gonzaga (com o famoso, baião), Marinês, Flávio José e demais artistas famosos.
E assim se forma essa comunhão social. Os festejos juninos são uma oportunidade para as pessoas se reunirem e celebrarem juntas, representando uma forma de manter viva a cultura brasileira, a identidade de um povo, e assim relembrar as tradições do passado.
Daí entram outras peculiaridades: as brincadeiras. Elas são muito comuns nas cidades do interior do Nordeste, como o pau de sebo. A brincadeira é de origem portuguesa e consiste em tentar subir em um tronco reto e liso previamente banhado de sebo ou qualquer outra substância gordurosa para tentar apanhar um prêmio que se encontra no topo de uma bandeira sinalizada.
Os festejos juninos são uma das festas mais tradicionais do Brasil; em tempo de colheita do milho, serve para que as pessoas celebrem o ano com fartura. A tipicidade marcada dos valores do campo forma a aproximação da festividade e as atividades do campo em nosso país. Viva o São João!
*Mirella Braga é graduada em História e em Direito, especialista em Direitos Humanos, mestra em Ciências das Religiões e em Antropologia e doutora em Antropologia. Mirella é docente dos cursos de Direito e Serviço Social do Unipê.